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Burle Marx, o artista da paisagem

Autor: Marcos Cocco - Data: 04/08/2015
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Em quatro de agosto comemora-se o aniversário de nascimento de Roberto Burle Marx, um dos maiores paisagistas brasileiros e de renome mundial.

Formado em Belas Artes na década de 1930, teve uma diversificada produção artística, não só no paisagismo mas também com pinturas, desenhos, cerâmicas, vidros, joias e tapeçarias.

Contrariando a tendência da época de imitar os jardins europeus, utilizava em seus projetos elementos da extensa flora brasileira, da qual era profundo conhecedor, admirador e colecionador.

Sua antiga moradia, atualmente conhecida como Sítio Roberto Burle Marx, na região de Garatiba, RJ, está vinculada ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e contém um acervo botânico reconhecido como uma das mais importantes coleções de plantas vivas existentes no mundo, com cerca de três mil e quinhentas espécies.

Entre os mais de dois mil jardins por ele criados podemos citar:

Palácio do Itamaraty, em Brasília


Praça dos Cristais em Brasília


Residência Edmundo Cavanellas, em Petrópolis



Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro


Edifício Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro


Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro


Banco Safra, em São Paulo


Podemos conhecer seu pensamento sobre paisagismo através de suas próprias palavras, retiradas de diversas palestras que proferiu e reunidas no livro ROBERTO BURLE MARX - ARTE E PAISAGEM, de José Tabacow:

"Jardim é natureza organizada."

"A intenção do artista é por em evidência a beleza das cores e das formas, do ritmo, dos volumes ordenados. É estabelecer harmonias, criar contrastes, o conjunto sendo uma trama de elementos, todos indispensáveis."

"O conjunto resulta em superfícies e texturas coerentes e não em uma série de formas independentes."

"Um bom jardim é aquele que revela compreensão espacial e justaposição de formas e volumes, como na pintura e na arquitetura."

"Podemos pensar numa planta como uma pincelada, ou um ponto de bordado."

"O valor da planta na composição, como o valor da cor na pintura, é sempre relativo. A planta vale pelo contraste ou pela harmonia com outras plantas com que se relaciona."

"Um jardim não é uma coleção de plantas e sim uma solução plástica, em que a dominância de uma cor, a ocorrência de um determinado ritmo como, por exemplo, de uma vertical em oposição às horizontais, a escolha de plantas deliberadamente feita para conseguirmos um caráter marcante, textura e forma diversas, devem ser preocupação de primeira grandeza. Temos de ter a coragem de renunciar a elementos que parecem lindos mas que não trazem um resultado desejado quando associados a outros."

Burle Marx faleceu em 1994, deixando um grande legado para as futuras gerações de paisagistas.


fontes das fotos: animale.com.br, udiviagens.blogspot.com.br, naterradoipe.wordpress.com, cidadebrasilia.com.br, 44arquitetura.com.br e naterradoipe.wordpress.com, riofilmcommission.com, goretecolaco.com, uff.com.br, vitruvius.com.br


Marcos Cocco Paisagismo
www.marcoscocco.com.br
facebook.com/marcoscoccopaisagismo

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Comentários

12/08/2015 10:33:07

Falar sobre Burle Marx, é falar sobre amor à natureza, sensibilidade única, visão espacial incrível e, principalmente, sobre alguém que sabia fazer poesia com plantas.




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