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Você sabe o que é Ecologia Humana?

Autor: Regina Motta - Data: 01/08/2015
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Uma encíclica é um dos mais importantes documentos da Igreja Católica. Através dela o papa se dirige a bispos, sacerdotes e fiéis e fixa a posição oficial da Igreja a respeito de algum tema.

Aparentemente a encíclica Laudato si ("Louvado sejas!", com o subtítulo "Sobre o Cuidado da Casa Comum"), recém-divulgada pelo papa Francisco, trata da questão do meio ambiente. Mas seu tema é mais abrangente e contém uma veemente condenação do capitalismo financeiro dominante.



A crise ambiental deriva, assegura, da profunda crise social, econômica e moral do capitalismo. "Não há duas crises separadas: uma ambiental e outra social; mas uma única e complexa crise socioambiental".
O tema da Encíclica é mais abrangente que simplesmente a defesa da natureza, pois o princípio básico que ele chama de "Ecologia Humana" diz respeito à forma como a sociedade administra o planeta para usufruto dos seres viventes.



O que estamos fazendo com o nosso planeta?


Os mandamentos da "Ecologia Humana" para salvar o planeta são ditados pela defesa de florestas, rios, matas ciliares e mananciais; redução de gases poluentes; exploração de energias limpas e renováveis; conscientização social em torno da cultura do verde e políticas públicas afirmativas de preservação ambiental nas áreas de saneamento, esgotamento sanitário, aterros sanitários e tratamentos de resíduos.


A força da vida rompendo obstáculos!

O abrangente diagnóstico feito pelo papa chama a atenção. A crise é social, ética, econômica, antes de ser ambiental. E afeta principalmente os pobres em todo o mundo. "Esquecemo-nos de que nós mesmos somos Terra", diz, citando o bíblico Genesis. É como se ele apontasse o metabolismo entre ser humano e natureza.

Com base em evidências científicas, a encíclica chama a atenção sobre as ações humanas, passíveis de controle, como causadoras de danos à natureza de forma mais grave que os fenômenos naturais.
A Revista "The Lancet" divulgou em junho um estudo mostrando que as mudanças climáticas poderão aniquilar os avanços médicos dos últimos 50 anos em razão de acontecimentos extremos como ondas de calor, tempestades, inundações ou secas.

Segundos os pesquisadores, os problemas de segurança alimentar e o desenvolvimento de doenças causadas por mosquitos que migram para zonas mais quentes, devido ao aquecimento do planeta, resultarão em prejuízos concretos á saúde global.



Mistérios da natureza: deserto florido no Chile

A desigualdade no mundo cresce e aumenta o fluxo de desesperados, dispostos a correr perigo para sair da miséria em seus países, como temos visto na onda de imigrações para a Europa.
"Os números são espantosos: 1% da população detém 48% das riquezas mundiais.
As 85 pessoas mais ricas do mundo têm um patrimônio equivalente aos 3,5 bilhões mais pobres."(Um paraíso e dois dramas - Helena Celestino - O Globo)


A lógica e o modelo de desenvolvimento são garantidos institucionalmente pela íntima associação entre o poder político e o poder do dinheiro, e isso corrói toda iniciativa que tenha valor coletivo.

Este é o sentido maior da mensagem do papa. A busca desenfreada do lucro a todo custo anda de mãos dadas com o individualismo desenfreado de nosso tempo. Nestas condições, diz,"a falta de cuidado com o semelhante é correlata à igual falta de cuidado com a natureza ou qualquer outra coisa que não seja fonte imediata de lucro".

No debate, que já dura décadas, a respeito da responsabilidade sobre a limpeza da atmosfera e eliminação dos gases do efeito estufa, emite um julgamento claro e cristalino: cabe aos países industrializados o custo dessa limpeza.

São países que há duzentos anos poluem a atmosfera e cabe a eles a responsabilidade maior pela sua limpeza. É preciso, pensa, uma corajosa redução nos níveis de consumo nos países ricos em benefício do desenvolvimento dos países pobres.

A pobreza deve ser erradicada e isso só pode ser feito pelo desenvolvimento e criação de oportunidades de uma vida digna para todos, diz, revelando a adesão à tese de que "há responsabilidades comuns, mas diferenciadas".

O papa exige que o centro das considerações na defesa da natureza seja a valorização da vida humana, consequente com a tese da unidade entre a natureza, o homem e todos os demais seres vivos. A vida humana deve ser protegida contra a degradação.

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